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Gestão de Pessoas: as transformações que o mundo exige

Atualizado: 28 de out. de 2023


Mãos datilografando em uma máquina de escrever

O ano era 1987, tinha 18 anos e três de vida profissional como radialista, mas seria meu primeiro processo seletivo para ingressar em uma multinacional do setor bancário.


Minha família era metade radialista, metade bancária, mas aquele processo foi algo que me aconteceu por um acaso. Um colega meu do trabalho que também iria participar do processo me convidou para irmos juntos.


Foi um dia inteiro de provas teóricas de múltipla escolha, redação e a tão temida na época, prova de datilografia.


Tive bons resultados em tudo e fui para a entrevista com o RH.


Me lembro até hoje! Entrei na sala e lá estava o responsável pela entrevista, com os pés sem sapatos descansando sobre a mesa. Me surpreendi com aquela imagem, confesso, mas sem prejulgamentos, tampouco preconceito, imaginei que era um sinal de uma empresa leve de se trabalhar (que se mostraram ser apenas aparências).


Os tempos mudaram de lá para cá. Enorme avanço tecnológico, transformações culturais, globalização, aquecimento global etc.


Relembrando tudo isso e refletindo sobre o passar de décadas, penso nas questões sobre Consciência Social e Ambiental.


Muito se fala hoje sobre o tema, sobre inclusão e diversidade. Mas até onde estamos de fato avançando nos aspectos de humanização de nossa sociedade?


Existe sim, uma grande parcela que luta para que haja mais justiça e melhores oportunidades, para que seja maior a representatividade de negros, mulheres, LGBTQIA+, PCD, autistas, 50+ e jovens. Mas o caminho é longo para que passemos da luta para significativas conquistas.


Outra questão é sobre o combate a ambientes tóxicos nas empresas. O fim do assédio moral, da violência sexual, do excesso de cobranças que conduzem muitos colaboradores ao adoecimento emocional como o "burnout", a ansiedade e depressão.


Ainda usamos o termo "Recursos Humanos", sendo que, como brilhantemente destacado pelo Prof. Idalberto Chiavenato, não somos recursos, somos seres dotados de inteligência, vontade própria e emoções. Chiavenato acrescenta que deveríamos utilizar a expressão Gestão do Talento [ele frisa "do" - e não "de" Talentos].


Hoje li uma matéria sobre uma colaboradora de uma empresa nos EUA que descobriu que estava sendo monitorada em seu trabalho remoto por meio da webcam. E que era punida por sair da cadeira de trabalho com o bloqueio de seu computador. Não podia sequer ir ao banheiro, ir à cozinha pegar um lanche ou uma água que já se configurava indisciplina.


Estamos falando de 2021/2022. Práticas que mais nos remontam ao final do século XVIII com a revolução industrial, ou que nos faz lembrar o clássico filme de Charles Chaplin, "Tempos Modernos".


Não adianta as empresas posarem de "bons mocinhos", com campanhas de marketing utilizando arco-íris, fotos com colaboradores sorridentes representando a diversidade, ou selos de sustentabilidade ambiental, se no dia a dia a empresa não der a real atenção aos valores que estão descritos na seção "Sobre" de seu site e à imagem que buscam passar por meio de peças publicitárias. A Gestão de Pessoas é um dos pontos que precisam ser revistos pelas empresas.


Uma nova sociedade com Equidade, Diversidade, Consciência ambiental e Justiça Social exige que as empresas sejam genuinamente comprometidas com tais valores. Ninguém é mais ingênuo em acreditar em meras campanhas publicitárias.


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Sucesso à você e um forte abraço.

Dū Moraes


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